sábado, 21 de dezembro de 2019

21 de dezembro de 1930: morte de Antonio da Rocha Marmo: Antoninho

19 de dezembro de 1930, dois dias antes da morte de Antoninho, como última prova de seu esforço, quis organizar o seu presépio, a fim de que Jesus Menino o viesse buscar para o Natal do Paraíso. 
Sua mãe vendo-o assim e não se conformando com aquela grande dedicação e devido à sua saúde frágil, levou-o para a cama a fim de que repousasse um pouco.
Em obediência à sua mãe, deitou-se para jamais se erguer.

Dia 20 de dezembro, pela manhã, a  carinhosa Superiora da Santa Casa de Misericórdia sabendo que Antoninho estava mal, foi visitá-lo. Aproximando-se do leito, perguntou-lhe:
Antoninho, você quer receber hoje Jesus e seus Santos Sacramentos?
É esse o meu maior desejo, respondeu-lhe Antoninho. 
Solicitada a presença do Frei Angelo de Rezende, que foi apressadamente, armaram um altarzinho, trouxeram lindas flores. Ele mesmo da cama dirigia a ornamentação.
O Frei administrou-lhe o Santo Viático e a Extrema Unção, dando-lhe, por fim, a bênção pontifícia.
Antoninho, de mãos postas junto ao peito, olhos fechados, passou doces momentos dialogando com Jesus.
Como demorava em sua oração, Frei Angelo achava que Antoninho já tivesse partido para o Céu. Tocou-lhe levemente no ombro e Antoninho abrindo os olhos, disse-lhe:
Estou rendendo graças a Deus!
Antoninho chamando sua mãe, pediu-lhe que providenciasse um automóvel para levar Frei Angelo mas que não o deixasse ir sem antes tomar uma xícara de café bem gostoso. 
Em dado momento pediu um pouco de água e depois disse:
Que linda estrada...atapetada de flores...como são belas!...Quantos anjos! Olha, minha mãe: alguns tocam...outros sorriem!...Convidam-me para acompanhá-los...Que belo cortejo!...Eu vou, mamãe...Vou...sim...Vejo um clarão!...Um vulto se aproxima!...Olha, mamãe...é meu vovôzinho...o pai da senhora!...

Dia 21 de dezembro amanhecera lindo.
Antoninho chamou seu pai. Vendo-o acabrunhado, disse-lhe: Não quero que chore...vá barbear-se...O pobre homem animando-se, foi satisfazer aquele desejo de seu querido filho, retornando logo depois para junto dele.
Antoninho vendo-o retornar, exclamou muito contente: Agora sim.
No quarto sobre a escrivaninha estava a imagem de Santo Antonio. 
Antoninho pediu a uma parenta que fosse comprar dois castiçais. Vendo os objetos, não se agradou deles. Trocados que foram por outros mais valiosos, Antoninho exclamou: Agora sim! Santo Antonio merecia coisa melhor!
Pedindo que acendessem duas velas e as pusessem como homenagem ao seu Santo, explicou: Antes que as velas se consumam, eu estarei no Céu!
Dito isso, entrou em agonia...lenta...dolorosa... De vez em quando dizia: Estou cansado...preciso repousar...
Seus olhos já não viam, mas não se despregavam dos entes queridos que iriam ficar na mais cruel desolação. Deixou escorrer pela face suas últimas e sentidas lágrimas. 
Antoninho erguendo a face num derradeiro esforço, a todos ofereceu um belo sorriso...Depois um ligeiro tremor de lábios, sua última expressão de vida! 
Nesse instante  envolvera-o um círculo de significante e surpreendente  luz, disseram os que estavam mais próximos dele.
Estava morto! Eram 23 horas e 30 minutos.


domingo, 11 de agosto de 2019

Amor filial

Era notório o profundo afeto que Antoninho tinha para com seu pai e sua mãe. A mínima percepção de tristeza neles era causa de sofrimento em Antoninho que procurava de todos os modos auxiliá-los.
Era ele também o confidente e o guia máximo da família. Os conselhos que dava, todos aceitavam. 
Seu pai que ocupava um cargo de grande responsabilidade e que, por isso se expunha sempre aos graves perigos, foi muitas vezes favorecido pelas preces do fervoroso amiguinho de Jesus. 
Certo dia, Antoninho percebeu que os punhos da camisa de seu pai estavam amassados, e julgando ser ele a causa, pelos gastos que dava com a sua longa enfermidade, pensou em dar-lhe um presente. Retirou de um cofrezinho toda a economia que tinha juntado e comprou algumas camisas. Não foi sem grande comoção que seu pai recebeu enorme presente! 




terça-feira, 9 de julho de 2019

Antoninho e a devoção a Nossa Senhora da Saúde



"Conta-se que Antoninho quando morava em São José dos Campos, perto da casa dele existia um armazém. Um dia ele entrou e disse:
-- Olha. Eu quero comprar uma estampa de Nossa Senhora da Saúde. 
Aí o vendedor disse:
-- Eu não tenho aqui.
Antoninho falou:
-- Tem.
O vendedor disse:
-- Antoninho, eu tô dizendo que eu não tenho.
Antoninho respondeu:
-- Tem e está naquela prateleira.
O vendedor ficou um pouco incomodado, subiu e estava lá a estampa. Achou a estampa."

Relato de Alfredo de Camargo - advogado.

* Estampa adquirida por Antoninho da Rocha Marmo que está exposta no Memorial dedicado a ele, que está instalado ao lado da Capela Nossa Senhora da Saúde no hospital Antoninho da Rocha Marmo em São José dos Campos, SP


Caso Verdade falando sobre Antoninho

Caso Verdade sobre Antônio da Rocha Marmo (Santo Antoninho)



Vídeos 👇

Parte 1:

Parte 2:


Parte 3:


Parte 4:


Parte 5:


Parte 6:


Parte 7:


Parte 8:


Parte 9:


Parte 10:



Parte 11:



quinta-feira, 13 de junho de 2019

Santo Antônio e Santo Antoninho

Antônio da Rocha Marmo, Santo Antoninho era muito devoto de Santo Antônio.  Recebeu o nome em homenagem a Santo Antônio, foi batizado no dia de Santo Antônio (13/junho/1920) na Paróquia de Santo Antônio do Pary (conforme imagem de sua Certidão de Batismo).
"O amor de Santo Antônio pelo sofrimento  próprio  fez com que Antoninho lhe imitasse as virtudes.

Antoninho antes de morrer, pediu que acendessem duas velas a Santo Antônio, dizendo que logo que as mesmas se extinguissem, iria com o seu Santo para o Céu:
No quarto sobre a escrivaninha estava a imagem de Santo Antônio. Antoninho pediu a uma parenta que fosse comprar dois castiçais, sendo satisfeito nesse seu desejo. Vendo os objetos, não se agradou dos mesmos. Trocados que foram por outros mais valiosos, Antoninho exclamou: «Agora sim! Santo Antônio merecia coisa melhor.!»
Pedindo que acendessem duas velas e se pusessem como homenagem ao seu santo, explicou: «Antes que as velas se consumam, eu estarei no Céu!»
Morto Antoninho, vestiram-no com o seu melhor fato, o qual só havia usado uma vez. No entanto, quis a Providência Divina que ele fosse sepultado indumentado com o hábito de São Francisco, assim como fora vestido Santo Antônio. A Antoninho sobrepuseram ao terno o burel de franciscano, não lhe faltando nem o lírio, flor simbólica da inocência."