sexta-feira, 21 de junho de 2013

Diante da sepultura do Antoninho

Fotografias tiradas por mim  (autor do Blog) diante da sepultura do Antoninho no dia 12 de maio de 2007




Fiquei sabendo sobre Santo Antoninho através do programa da Sônia Abrão na Rede Tv. Assistindo sobre a vida de Santo Antoninho passei a admirá-lo e imitá-lo, além de propagar a devoção a ele.
Em uma oportunidade que tive de ir para São Paulo na visita do Papa Bento XVI ao Brasil, ficando quase uma semana lá, aproveitei um dia livre e sozinho fui até o Cemitério da Consolação, sem saber se pegaria a rua errada, apenas tendo em mente( não no papel) um mapa previamente preparado com o seguinte trecho: Avenida Dr. Arnaldo onde eu estava hospedado - Avenida Paulista - Avenida Consolação... seguindo pela Avenida Dr Arnaldo em direção à Avenida Paulista, sabia que a primeira travessa era a Rua Consolação. Seguindo esse percurso cheguei até o Cemitério da Consolação e encontrei o túmulo do Antoninho através da informação que obtive de uma senhora que lavava uma sepultura.
Fiquei por muito tempo diante da sepultura dele admirando e rezando e tirando fotos, é claro, sem ser interrompido por alguém que também passasse por ali.
Agradeci a Santo Antoninho por aquele momento só meu que ele me deu.

terça-feira, 16 de abril de 2013

O grande devoto da Virgem Santíssima


O Grande Devoto da Virgem Santíssima



Sendo Antoninho devoto do S. Coração de Jesus, não podia deixar de ter também um acendrado amor à Nossa Senhora.

Ela era alvo das ternuras de seu coração. Pronunciava respeitosamente o seu Santo Nome; beijava sua imagem com sincero afeto. Trazia consigo, sempre, diversas estampas da Virgem. Como vimos nosso pequeno nasceu no meu de Outubro, consagrado a Nossa Senhora do Rosário. Sua devoção especial pelo santo terço só veio a comprovar essa ternura. Era belo vê-lo ensinando as crianças a rezar o Rosário.

Antoninho tinha uma particularidade: rezava em voz alta como se conversasse. Expunha seus pedidos; manifestava com singeleza todo o seu afeto e desejos. Então dizia "Ó minha Mãe! Quizera ser um anjo do céu para poder estar sob o Vosso manto e gozar da Vossa doce presença! Quizera que as estrelas que Vos adornam, mascassem com a sua luz o Vosso Santo Nome em meu coração."

Quantas vezes desejava ser ele uma flor perfumosa e linda para desfolhar-se sobre o santo altar da Virgem!

O dia mais belo de sua vida, o da Primeira Comunhão, realizou-o sob a proteção da Virgem, quando a igreja festeja solenemente seu Santo Natal.

Em São José dos Campos comprara um terreno na estrada de rodagem S. Paulo-Rio, no qual pretendia erigir uma capela dedicada a Nossa Senhora da Saúde, cuja imagem já havia adquirido. Dizia sempre que sendo ali uma estância de saúde, todos aqueles que a procurassem deveriam preliminarmente se colocar sob a proteção valiosa da Santíssima Virgem. Desde pequenino, ao deitar-se queria antes de conciliar o sono ouvir o canto: "Com minha Mãe estarei, na Santa glória um dia.", para depois responder "No céu, no céu, com minha Mãe estarei". Cântico que, ao expirar, fez questão de ouvir calado por sua mãe.

Extasiava-se ao contemplar o firmamento, nos dias azulinhos e nas noites bordadas de estrelas. Isso lembrava-lhe, dizia, as belezas e a glória de Maria!
SATIABOR CUM APPARUERIT GLORIA TUA!

Certa vez pediu a um amigo engenheiro que lhe desenha-se as estrelas de primeira grandeza.
Seu amigo achava que de todas as estrelas que cintilavam no céu, ele era a mais fulgurante e que iria figurar entre aquelas que brilham na coroa da Virgem.



segunda-feira, 15 de abril de 2013

Não acenda velas neste túmulo


Não Acenda Velas Neste Túmulo



Sem dúvida alguma, esse site só tem algumas coisas únicas devida a ajuda de Leonor Rocha Ferreira. 
O que levo em consideração não é por ser, ou deixar de ser parente de Antoninho... e sim pela vasta informação que ela nos passa, sendo única.

Até gostaria de ter contato com algum dos "amiguinhos" que ele teve em vida, não tenho dados suficientes que provem quem é ou não, quem conviveu com ele ou não.

Pois bem, mais uma informação que minha avó me passou hoje 27/11/2007.




Parte esquerda do túmulo de Antoninho da Rocha Marmo 

"Cris, você sabe que antigamente, eu me lembro pois minha tia Sinhá ( mãe de Antoninho ) contava, que logo que as pessoas começaram a ver que ele era santo, elas acendiam muitas velas lá no túmulo. E muitas pessoas acabavam caindo no chão, algumas não conseguiam ficar de pé, porque a vela derretia, e a cera acabava cobrindo o chão todo. Não era uma camada única, eram diversas camadas de cera, por isso que colocaram aquela placa no túmulo dizendo para não acenderem velas naquele túmulo".




Sempre favorecido


Sempre Favorecido



Onde quer que fosse Antoninho era sempre bem recebido. Entrando certa vez em uma loja, deparou com um automovelzinho com o preço de 150$000 ( na época os preços eram assim ). Não tendo aquela quantia, disse ao caixa ( naquela época caixeiro ) :

- As coisas estão ruins, o senhor bem que podia deixar por 90$000.
O caixa não discutiu, e entregou-lhe imediatamente o carrinho.

Em outra ocasião, um parente de Antoninho, acabou por ir visitá-lo, esquecendo de levar os apetrechos de barbear, Antoninho foi a uma loja para adquiri-los. Um senhor que ali se encontrava vendo-o, ordenou particularmente ao caixa que o atendesse, mas deixasse a despesa que fizesse por sua conta. Assim, Antoninho pôde sem nada despender, presentear o parente com um belo estojo de barba.

Em outra situação quis possuir uma escrivaninha e foi a uma casa de móveis, encontrando inteiramente uma do seu agrado. Mas faltava o dinheiro necessário para adquirir aquela escrivaninha que custava 500$000. Como tivesse esperança de conseguir o restante então disse:

- Até a tarde hei de obterá soma de que necessito. 
Não passando nem uma hora, eis que chega de São Paulo, sua madrinha que fora de visitá-lo, a qual lhe entregara um envelope contendo uma cédula de 50$000, curiosamente, o que faltava a Antoninho para poder realizar a compra de sua escrivaninha.

Estas são apenas algumas das diversas histórias que temos com o decorrer do tempo, estaremos sempre dando continuidade a estas seções, assim que formos lembrando de mais fato.




A primeira missa


A primeira Missa



Por ocasião da primeira missa de um neo-sacerdote, a família de Antoninho fora convidada para assisti-la, pois o novo levita, quando menino, recebera do pai de Antoninho palavras de estímulo à sua incipiente vocação. No dia solene da Missa, Antoninho madrugou, acordando toda a família. Sua mãe fez-lhe ver que era muito cedo ainda. Ele não se deu por vencido, só ficando satisfeito quando todos se puseram de pé para irem à matriz de Sant’Ana. Uma vez no templo, esperou pela hora solene.

Terminada a missa, sentou-se o novo levita para a cerimônia do beija-mão. Recorda-se ainda ele, que a todos relata comovido, o seguinte fato: Antoninho de joelhos, tomou-lhe as mãos, beijando-as e não satisfeito ainda, atira-se ao colo abraçando-o demoradamente, sendo preciso que sua mãe lhe advertisse, dizendo:
- Você assim amarrota os paramentos do Padre

O sacerdote acrescenta que sentiu nessa ocasião, qualquer coisa inexplicável, a ponto de chegar a chorar. Esse fato que acabou comovendo a todos, é comentado até os dias atuais. O maior desejo de Antoninho era ser padre, para viver, como ele dizia ao lado de Jesus e na maior intimidade. Queria trabalhar na seara do Senhor, cheio de fé, leal e desassombradamente. Perguntaram-lhe certa vez em que ordem religiosa queria professar, ele levado pelo zelo na salvação das almas, respondeu que desejava pertencer ao clero secular, porque os sacerdotes, no seio do povo, possuem campo vastíssimo para um maior apostolado.

O sofrimento indispensável que sempre os acompanha nas lutas do ministério, era ardentemente desejado por Antoninho.

Desse-lhe um dia uma pessoa da sua família:
- Antoninho, se você for vigário terá que ir para longe de nós.
Ele prontamente respondeu :
- Não faz mal, nesse caso irão todos comigo.





Promessa cumprida


Promessa Cumprida



Antoninho era um crente. Fazia promessas e sabia cumpri-las. Certa vez, chegando o padeiro, Antoninho recebeu-o como de costume. Gostava muito de conversar e ensinar aos humildes os princípios da fé. O padeiro era um de seus ouvintes cotidianos e que muito o estimava. Quando ele vinha, Antoninho subia na boléia da carrocinha e ficava ali, até que ele voltasse para depois darem um pequeno passeio pelas proximidades. Numa dessas ocasiões, ia acontecer um grave desastre.

Não se sabe como, provavelmente só saberemos quando subirmos e pudermos conversar com o nosso pequeno, mas o fato é que, o cavalo se espanta, não sabemos com o que, e sai em desabalada carreira pela ladeira abaixo. O padeiro não conseguiria de  jeito nenhum alcançar a carroça, a carroça que rodava sempre com o nosso pequeno Antoninho.

De súbito, como que por encanto o animal estaca imediatamente, sob os olhares atônitos de todos que já contavam com uma inevitável desgraça.

O milagre claro que se realizava “Antoninho prometerá à Santa Cruz 22 velas para graça alcançada, mal sabiam todos que esse número devia assinalar o dia de seu sepultamento!“

Esse fato deu-se em Santana, sendo a santa cruz local a receptora dessa homenagem.




Previsão


Previsão



Enfermara a superiora da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Como se agravasse o seu estado, a avó e a mãe de Antoninho resolveram levar-lhe seu preito de sincera amizade, e para lá se dirigiram em companhia do nosso menino que nessa época estava com cinco anos de idade. Ao entrarem no portão da Santa Casa, a mãe de Antoninho considerou “quem será a nova Superiora quando deixar de existir Madre Agueda!” Antoninho apresentou-se, dizendo “É aquela que vai do lado direito”. Referindo-se a uma das duas religiosas que naquele momento tomavam a entrada principal do Hospital.

Sua mãe, muito admirada, perguntou-lhe: “Como é que você pode saber e ainda mais se aquelas duas irmãs estão de costas!”
Por curiosidade, resolveram então alcança-las. Antoninho que correra adiante tocou com a mão na que lhe parecia, e disse : “É esta”.

A religiosa voltou-se e reconhecendo as recém-chegadas, cumprimentou-as.



Nossa Senhora Com o Retrato de Antoninho da Rocha Marmo 

A mãe de Antoninho disse-lhe: está é Mère Eugenie e já é superiora do Hospital de Taubaté, e depois voltando-se para a religiosa pormenorizou aquele breve incidente. A irmã, a quem Antoninho via pela primeira vez, sorriu dizendo: “Eu estou chegando agora, em visita a Superiora doente”, e discretamente despediu-se. Baldados foram os esforços dos dedicados clínicos da Santa Casa. A Superiora, com grande pesar de todos, veio a falecer. A dor cobriu de luto a benemérita Congregação de S. José e a Santa Casa, que a 26 de agosto de 1923 perdia uma de suas mais dedicadas auxiliares que, na direção do nosso maior hospital, prestara trabalhos de longos anos. A família de Antoninho sentiu muito a falta da boa religiosa. Cada vez que nisso se falava, Antoninho insistia dizendo que a irmã que ele vira no jardim seria a nova superiora. Passaram-se alguns dias, sendo escolhida a nova superiora. A mãe de Antoninho, chamando-o, perguntou-lhe:

“Quem é a nova Superiora!”
- “Ora, mamãe, e Mère Eugenie!”

Todos ficaram surpresos por se realizar o fato conforme a previsão do menino.

Sobre a nova superiora, Antoninho fez algumas revelações que infelizmente deixaremos de reproduzir em respeito ao mesmo que não gostava de se gabar, não gostava de se mostrar. Deixamos esses comentários, para que o nosso menino nós conte quando estivermos UNIDOS NO CÉU!





Pendor profissional 3


Pendor Profissional - III



Um “chauffeur” lidava com a espátula a fim de colocar o pneumático na roda. Antoninho viu-o e, interessando-se por perceber que o “chauffeur” fazia esforços inúteis, aproximou-se e orientou-o de maneira a que fosse bem sucedido.

O homem agradeceu-lhe muito, não se conformando, contudo, de que aquela criança pudesse ter tanta capacidade técnica.

Outras vezes, resolvia casos diversos com grande facilidade. Tudo para ele era de somenos importância o que o tornava algo de grande admiração, por isso o chamavam de MENINO PRODÍGIO.




Pendor profissional 2


Pendor Profissional - II



Certa ocasião quis possuir um violino. Satisfeito em seu desejo, afinou o instrumento e começou a tocar. De repente parou, dizendo :
- Falta a alma deste violino.

Comprou também uma sanfona e também começou a tocar. Um vizinho, sabendo do que se passava, duvidou que uma criança pudesse ter tanta execução sem tirocínio e desconhecendo a música. Como tocasse violão, foi um dia à casa de Antoninho e tirou alguns acordes, tocando propositadamente desafinado.

Antoninho, percebendo-lhe o ardil, tomou o violão e executou o mesmo trecho com perfeição. Depois, aconselhando o incrédulo, disse lhe :
- Nunca mais procure enganar o próximo, isso não se faz.

Certa vez achava-se no consultório e vendo, o dessossego do médico que tentava reparar um aparelho cirúrgico, disse :
- Doutor, deixe que eu arranjo isso.

E o pequeno fez o instrumento funcionar, o médico claro, ficou estupefato, e não conteve uma confirmação :
- Está ai uma coisa que eu não sabia, que você também entendia de mecânica.




Pendores profissionais 1


Pendores Profissionais - I



Quando uma alma vive sob os eflúvios da graça é feliz. Jesus era sua luz, sua força, seu guia. Passados alguns meses Antoninho sofreu uma nova crise, acompanhada de cólicas fortíssimas. A tristeza invadira mais ainda o coração de sua pobre mãe, que aflita, procurava recursos médicos a fim de atender sem demora seu filho querido.


Um “chauffeur” conhecido fez saber a sua mãe que um médico lhe pedira encarecidamente que levasse o menino, pelo qual sentia uma atração inexplicável.

“Meu filho, você quer ir visitar o médico?”
“ Como a senhora quiser minha mãe.”
“Como eu não haveria de querer? Você está sofrendo tanto...”
“A senhora fala como achar melhor”
“Mas Antoninho, você tem cólicas tão fortes, seria bom.”


Antoninho voltando-se para o “chauffeur” falou: 
- Vamos.


O carro partiu em demanda a casa do médico. No terraço estava o clínico sentado numa poltrona de vime. Divisando Antoninho, veio abrir-lhe, visivelmente satisfeito, a portinhola e, tirando-o do carro, carregou-o para o interior da casa. Acareciando-o muito, disse a mãe :
- Acho-me em casa desde cedo preso por uma força estranha... Eu com tanto serviço... precisando sair...
- Por minha causa ( perguntou Antoninho ).
- Sim, você Antoninho é um grande espírito. Espírito de muita luz. Você é um anjo ( respondeu o médico )


Antoninho fixando-o diz-lhe pausadamente: 
“Doutor, sou um doente que vai se extinguindo aos poucos, tal qual uma lamparina...”


O clínico admiradíssimo com o raciocínio de Antoninho voltou-se para sua mãe e fez as seguintes exclamações:
“A senhora não sabe quem tem a seu lado!”
“Veja que palavras” ( continuou o médico )
“Este menino é um prodígio” ( terminou o médico )


Antoninho, não se conteve e ponderou: 
“Doutor, não gosto disso.”



Fatos análogos repetiam-se frequentemente.

De uma feita, achando-se no consultório, apareceu uma senhora que vinha a sua procura. Apenas o viu, disse “Meu bom menino, preciso de um médico com urgência, pois meu filho está muito mal. Só você poderá valer-me” E disse-lhe onde residia.


Antoninho condoeu-se muito e garantiu-lhe que o médico iria imediatamente ver o doente. Depois de consolá-la, pediu para que voltasse para junto de seu filho, pois o doutor, logo que se desocupasse, deixaria os demais clientes que o esperavam na sala, e iria atendê-la


Apenas saira o cliente que estava em consulta. Antoninho dirigiu-se ao enfermeiro e disse-lhe “Agora eu vou entrar. Preciso muito falar com o doutor”.


O enfermeiro, deixando-o passar, lhe disse
“Você tem carta branca.”


O médico, assim que o viu, perguntou
“Vai passando melhor? O que manda?”
“Queria que o senhor fosse visitar um doente, pois sua mãe vindo cá implorou-me que lhe fizesse esse pedido. Ela já foi embora mas deixou o endereço.”


O médico imediatamente dirigiu-se para a casa da dita senhora, encontrando de fato, o seu filho em estado desesperador, vindo a falecer dias depois.





Oração a Santo Antoninho 4


4ª Oração - Antoninho da Rocha Marmo



Oh! Meu piedoso Antoninho, Vós que experimentastes o amargor e as torturas deste vale de lágrimas, intercedei a Jesus pelas crianças, pelos jovens, pela Santa Igreja, pelo Santo Padre, por todo o clero, pela paz do mundo e principalmente por aqueles que pedem a vossa mediação.

(pedir a graça).

Intercedei também junto a Jesus e a Maria pela conversão dos pecadores. Implorai também o descanso das almas do Purgatório. Pedi para todos nós uma união perfeita com Deus afim de que possamos um dia louvá-lo e glorificá-lo convosco no Céu. Assim seja.







.

Oração a Santo Antoninho 3


3ª Oração - Antoninho da Rocha Marmo



Oh! Meu querido amigo
Antoninho, você viveu na mais pura e
santa caridade, amou a Jesus até o fim
de sua vida, soube confiar, abandonar-
se nas mãos de Deus!

Pede ao Pai, por nós que vivemos
neste vale de lágrimas!


Roga pela nossa igreja, santa
e pecadora, pelo Santo Padre e
pelo clero. E como você foi pequeno, 
enfermo, intercede pelas nossas
crianças doentes, por todos os
que sofrem, pelos jovens e pela paz
do mundo!


Acreditamos que o Bom Deus
ouve as preces daqueles que possuem
um coração puro e simples, como
foi o seu!


Oh! Amigo Antoninho, um dia
estaremos juntos, unidos e felizes no
imenso azul do céu!


AMÉM!









Oração a Santo Antoninho 2


2ª Oração - Antoninho da Rocha Marmo



Oh! Meu piedoso Antoninho,
Vós que experimentastes o amargor e as torturas deste vale de lágrimas,
intercedei a Jesus pelas crianças pelos jovens, pela Santa Igreja,
pelo Santo Padre, por todo o Clero, pela paz do mundo e principalmente
por aqueles que pedem a vossa mediação. 

Intercedei também junto a Jesus e a Maria pela conversão dos pecadores. 

Implorai também o descanso das almas do purgatório. 
Pedi para todos nós uma união perfeita com Deus a fim de que possamos um dia louvá-lo e glorificá-lo convosco no Céu.

Assim seja.









Oração a Santo Antoninho


1ª Oração - Antoninho da Rocha Marmo



O´Jesus, que dissestes: Deixai vir a Mim os pequeninos, porque deles é o Reino dos Céus, ouvi propicio os nossos rogos para que Vos digneis glorificar Antonio Marmo,que em tão tenra idade soube trilhar a vereda da virtude e nela introduzir seus amiguinhos.

Dai a graça de viver cristãmente, afim de que um dia no céu possamos cantar os louvores de Deus, depois de havê-lo honrado na terra com a pratica de seus Mandamentos e os da Santa Igreja Católica Apostólica Romana.

Por Jesus Cristo N. S. Amém 









O nascimento


O Nascimento



Nos tempos hodiernos, onde tudo parece conspirar contra os bons costumes, invadindo os lares e a sociedade em ondas de dissolução, atacando a supremacia da Igreja e os sacrossantos ensinamentos da Fé Cristã, sentimos repetir em nosso coração as sábias palavras de Oséias: 
" E a ciência de Deus não está mais sobre a terra. Por isso a terra chorará e todo homem que nela habita será sem força".

No entanto resistindo com pujança e galhardia, vemos sempre a Igreja de Deus dominando pelo esplendor constante da santidade, administrando com amor e carinho o campo da sã doutrina, glorificada pelas altas virtudes das almas bem-aventuradas. 
Assim foi que no seio de uma família cristã, cônscia de seus altos deveres, num ambiente de fé e amor, acalentado pelo temor de Deus, nasceu Antoninho. 

O Santo Rei David louvando o Senhor, exclamava:
" A luz de vossa face, Senhor, foi estampada sobre nós". 
E por efeito desse precioso dom, dessa sanas luz da verdade, nos esclarece quando diz:
"Puseste-me a alegria no coração". 



Antoninho aos 6 meses de idade 

Esse é o prazer que conforta nossa alma predispondo-a a percorrer o caminho da virtude e da santidade, na trajetória infalível da santa Lei de Deus.

Antoninho ao dar os primeiros vagidos, recebeu esse ósculo divino e sentiu os eflúvios da graça e das bênçãos do Senhor !
Foi no trágico ano de 1918, celebrizado pela epidemia da gripe, quando a morte imperando em todos os quadrantes da terra ceifava milhares de existências preciosas, que nasceu Antoninho da Rocha Marmo, aos 19 de Outubro, sob proteção insígne do grande Taumaturgo S. Pedro de Alcântara, de quem devia imitar mais tarde e ainda criança, as heróicas virtudes e de um modo particular, o amor à penitência e ao sofrimento.

Foram seus virtuosos progenitores Pamphilo Marmo e D. Maria Isabel da Rocha Marmo.
Desse consórcio feliz e abençoado vieram ao mundo Maria da Penha, Nair, Ciro, Antoninho e Wanda.

Antes de vir ao mundo o nosso menino, apareceu em casa de seus pais, sem que ninguém o chamasse, um clínico de alto renome, porém desconhecido da família, oferecendo seus valiosos préstimos em ocasião tão oportuna quão necessária. Assim verio ele à luz numa época em que a dor e a tristeza cobriam de luto inúmeros lares. Seus pais, tomados de justa apreensão pela sua constituição física e, tendo no seio da família um de seus membros gravemente enfermo, contaminado pela gripe pneumônica, viram, por favor celeste, o seu restabelecimento e os demais, incólumes da terrível epidemia.



Casa onde nasceu Antoninho
( Rua Bandeirante,24 )
Sta. Efigênia

Grande fora a angústia de todos, pois o doente já havia sido desenganado pelos médicos e assim esperava-se um fatal desenlace. Entre os amigos do enfermo, correta por equívoco, a notícia do seu falecimento e muitos se apresentaram por isso a enviar à família telegramas de condolências e até coroas. 
Gozando hoje de invejável saúde, recorda-se daqueles dias apreensivos e também das palavras de incitamento à gratidão para com Deus, proferidas mais tarde por Antoninho, que assim queria explicar-lhe ter ele sido naquela ocasião favorecido pelos céus.



Inocente subterfúgio


Inocente Subterfúgio













O fato que vamos narrar vem comprovar mais uma vez o seu profundo amor ao SS. Sacramento. 

Ele estava com cinco anos de idade quando, acompanhado por sua mãe, entrou na igreja de Santa Ifigênia, onde se achava exposto o SS. Sacramento. Conforme era seu hábito, postou-se em frente ao Altar Mor, que se apresentava nesse dia todo ornado de flores. Querendo aproximar-se mais, pediu a sua mãe que acompanhasse para mais perto do Altar. Ela, achando que não devesse fazer aquilo, desse ao Antoninho: “Meu filho, daqui você vê bem a Jesus, lá não podemos entrar. Vê como as flores atapetam o chão!” Antoninho não se conformou e dirigindo-se ao sacristão, conseguiu que lhe abrissem a porta que dava para o Altar Mor. Arremessara para isso, o seu bonezinho entre as flores que forravam os degraus do altar, e foi assim que com esse simples e inocente subterfúgio, ele conseguiu licença para ir buscá-lo.

Uma vez perto do SS. Sacramento deixou-se ficar estático durante algum tempo em doce colóquio com Jesus. 

Sua mãe teve que esperar até que ele resolvesse sair. Ao se achar na rua, deu por falta de seu bonezinho, tendo que voltar para buscá-lo, deixou-se ficar mais algum tempo ante o altar, voltando depois com os olhos marejados de lágrimas, pesaroso por deixar Jesus!

Quem nos dera possuir tão ardente fé! Ele, pequenino já sabia compreender toda a felicidade que se oculta nos Santos Tabernáculos.



Hei de protegê-las sempre


Hei de Protegê-las Sempre



Antoninho tinha uma veneração sincera pelas religiosas da Congregação de São José. Frequentemente visitava-as em companhia de seus pais. Fazendo transparecer o seu contentamento, dizia “Aprecio muito as Irmãs de São José. Hei de protegê-las sempre.”

Havia motivos ponderosos para esse afeto leal, pois ele já sabia avaliar todo o trabalho que elas abnegadamente se votam. Não há dificuldades nem sacrifícios que não saibam enfrentar. Tanto nos educandários como nos berçários, nos asilos, hospitais e leprosários, manifestam os seus dons elevados, aurindo de Deus as santas energias. São elas as auxiliares dedicadas de suas graças, cooperando na salvação das almas: Sejamos santas e tudo se conseguira! Honra e glória de Deus! Antoninho bem as conhecia. Já o virtuoso e santo bispo de Tours, Monsenhor Henrique de Maupas, seu fundador, levado pela caridade, admirador que era de S. Vicente, o Apóstolo da indigência, e de S. Francisco de Sales, o santo da cordura e da mansidão, não podia deixar de lhes seguir as pegadas de virtude.

Dando expansão ao seu coração de bispo apóstolo, reuniu a porção mais querida de suas ovelhas: os pobres, os inválidos e os doentes, fazendo reinar em todos: Jesus, supremo amigo do pobre e do inválido que sofre. Escolheu então, acertadamente, a proteção de São José, CONSTITUIT EUM DOMINIUM DOMUS SNAE para, assisti-lo em sua grandiosa obra de caridade e abnegação. Surgiram então, como uma dádiva do Senhor, as irmãs de São José, que desenvolveram sua ação benemérita atraindo as bênçãos do céu, acolhendo e enxugando as lágrimas dos infelizes, fazendo brotar a alegria no coração dos abandonados, animando com o sorriso da sua caridade os que padecem, dirigindo com sabedoria os colégios, administrando, enfim, com o concurso da ciência, fizeram-se diletas filhas de Deus.

A primorosa educação de Antoninho foi um fruto sazonado de virtudes heroicas tendo por fundamento seguro o trabalho carinhoso das Irmãs. A boa árvore dá sempre bons frutos. É pelo fruto que conhecemos a árvore. A congregação de São José, espalhada pelo nosso país, conta com inúmeras páginas de benemerência no livro de seus feitos e com a amizade extrema da sociedade que a tem sabido sempre amparar. As irmãs de Antoninho, exceto uma, cursaram os colégios dirigidos pelas irmãs de São José. Sua avó, senhora de raras virtudes, foi-lhe uma confidente assídua. Dedicada às obras de caridade, foi o anjo da pobreza. Tudo quanto tinha repartia com os necessitados. A Santa Casa de Misericórdia era o alvo de suas predileções. O clero, por suas vocações religiosas, muito lhe deve. De uma piedade invulgar, essa dama exemplaríssima viu chegar os seus últimos momentos de vida com um ativo de merecimentos para o céu. Assistida com dedicação pelas boas irmãs, recebeu santamente os cantos sacramentos com grande edificação de todos. Passou desta, para melhor vida, deixando a todos os seus a herança preciosíssima de meritórios exemplos. A mão de Antoninho, filha dedicada, recebeu toda educação nos colégios de Sant’Ana e Taubaté. Com a alma enriquecida pela fé e fortalecida de ensinamentos, pode ver construído um lar abençoado.



Residência de Antoninho, em Campos do Jordão 

Antoninho foi, portanto, um presente do céu, uma flor preciosa colhida pelos anjos nos jardins cuidados com tanto esmero pelas irmãs de São José, que, em recompensa, conseguiram no céu um valioso protetor.

“Hei de protegê-las sempre”, dizia Antoninho

Se em vida foi o seu amiguinho leal, dócil, e bom, agora dar-lhe-às maiores provas de sua amizade, velando do alto, animando-as nas lutas, vivificando-as com suas graças, guiando-as em seus educandários e hospitais, assistindo-as em seus sofrimentos.

Antoninho obedeceu a três primeiras virtudes que ornam a alma das religiosas de São José: 
- A pobreza
- A obediência 
- A humildade

Ele amou grandemente a pobreza. Tudo o que tinha, repartia com os pobres. Chegou um dia em São José dos Campos um doente pobre e em gravíssimo estado. Viera de caminhão. Antoninho aproximou-se dele, animando-o. Deu-lhe tudo quanto tinha, pagando-lhe por último até o médico. Horas depois, morria o pobre homem. Antoninho sufragou a alma do seu novo amigo, rezando com fervor. Quem quer que fosse, encontrava nele o verdadeiro Anjo da caridade. Era submisso ao extremo. Acatava todas as ordens com o sorriso nos lábios, executando-as com prazer e imediatamente. Procurava adivinhar a vontade de seus pais, fazendo tudo com a maior satisfação. Demonstrou-lhes sua docilidade na doença que soube suportar como um verdadeiro santo.

Submetia-se aos mais dolorosos tratamentos que lhe eram administrados. Durante seu longo sofrimento alçou em seu coração o altar da verdadeira humildade. Em tudo dizia “Seja feita a santa vontade de Deus”. Eram sempre suas palavras. Nunca um lamento, uma recriminação. A obediência não pode existir sem a humildade. Imitou assim os exemplos de Jesus!

A humildade foi em Antoninho uma virtude que refulgiu com resplandente luz e que ele soube cultivar com heroicidade, sem desfalecimentos. Em todos seus atos notava-se a virtude da humildade. Quando alguém vinha agradecer-lhe os favores recebidos, respondia com doçura “Não é a mim que o deve, mas sim a Deus”.

Esta frase muitas vezes repetida revela-nos o quanto essa virtude lhe era cara! Procurava convervar-se na penumbra quando os outros queriam enaltecê-lo. Um de seus primos, festejado pintor e residente no Rio de Janeiro, vindo visitá-lo teve a feliz ideia de tirar-lhe a óleo o retrato. Antes, porem, Antoninho perguntou-lhe que intenções tinha em retratá-lo. Sabia que não gostava de estar a vista. Que não sendo o tipo de beleza, o seu retrato não atrairia elogios. Estando em repouso, contava ingênuamente que via sempre a seu lado um frade que lhe assistia. Quando alguém procurava divulgar esse fato, sentia-se desgostoso.

É que isso vinha ferir sua modéstia. Se fossemos relatar todos os casos em que Antoninho se nos apresenta como mestre insígne de altas virtudes, nunca acabaria.

Basta-nos o conhecimento de que o era na prática das virtudes cristãs.

Antoninho caminhava na mesma paralela dessa plêiade de almas devotadas ao bem destinadas ao Paraíso: As irmãs de S. José. Sejamos santas, e tudo se alcançará, dizem elas. A honra e glória, de Deus, eis o nosso mais ardente desejo. HOC FAC EL VIVES. 
Que a benemérita congregação de São José nos de sempre, desses exemplos, elevando neste mundo sempternamente, a honra e a glória de Deus. Que os seus colégios e educandários se espalhem por este mundo do Senhor sob o cuidado dessas verdadeiras mães cristãs, cônscias de seus deveres e teremos outras tantas criaturas voltadas para Jesus, integrando a sociedade, enriquecendo a pátria de filhos que saberão torná-la forte e digna no conceito das nações civilizadas.

Antoninho, que era um seu amiguinho dileto, repetirá no céu, constantemente “Hei de protegê-las sempre”.
É o vosso santinho, o vosso patrono aos pés de Deus, da SS. Virgem e do glorioso S. José.

Nas horas difíceis uma voz se fará ouvir de grande consolo :
Hei De Protegê-las Sempre!




O feiticeiro


O Feiticeiro



Morava em São José dos Campos um indivíduo dado às praticas da feitiçaria. Tão conhecido era esse homem, que a população andava sempre alarmada com certos fatos esquisitos que se passavam e atribuídos ao tal sujeito.

Antoninho achou-se uma vez em embaraço. Faltava-lhe o sacristão. Aborrecido pela ausência de seu companheiro, procurou logo um substituto, pois não podia, de forma alguma, se conformar em ficar sem rezar a sua missa. Escolheu, dentre os meninos presentes, o que lhe estava mais perto. Beijando com respeito os paramentos, preparou-se e, após uma reverência piedosa, com o cálix nas mãos, encaminhou-se com gravidade para o seu altar. Todos os assistentes, com verdadeira unção, ajoelharam-se e o nosso “padrezinho” persignou-se.

Mas... o coroinha sentia-se mal... tinha receio...

Tudo estava muito bonito e lhe agradava. Mas... seu pai... se aparecesse, seria um desastre!

O novo sacristão era o filho do feiticeiro.

Seu pai proibira-o de ter relações de amizades com o nosso menino. A mãe de Antoninho, que tudo sabia, prevendo qualquer cena desagradável, pediu ao filho que dispensasse o novo sacristão, pois lembrava-se do que diziam do homem que era mesmo violento. Sem se perturbar, Antoninho disse: 
- “A senhora sabe bem que a missa não pode ficar incompleta, por isso preciso terminá-la. Nada receie por parte do homem. Estou na graça de Deus e ele não me poderá fazer mal”.



Antoninho em Repouso

Campos do Jordão
14/06/1929

Apenas Antoninho proferira aquelas palavras, eis que chega com ares sombrios, o pai do improvisado sacristão, mas Antoninho não se perturbou. Manteve-se em atitude respeitosa e grave e assim dominou a situação. O feiticeiro, olhando-o com grande espanto, acalmou-se, ajoelhando-se.

Ao DOMINE NON SUM DIGNUS, acompanhou humildemente o celebrante, batendo no peito. 
O lobo fora assim transformado em inofensiva ovelha.




O grande devoto


O Grande Devoto



O Sagrado Coração de Jesus, em suas maravilhosas manifestações a Santa Margarida Maria, referindo-se as promessas que fizera a todos os que abraçassem seu culto, assim falou: “Quero ensinar-te que não te deves apropriar dessas graças que também são para os outros; quero servir-me de teu coração como um canal a fim de derramá-las nas almas”. O mesmo fizera com seu servo Antoninho.

Queria possuir seu coraçãozinho angélico, como um meio de espalhar pelo mundo a riqueza de seus divinos dons. Já Antoninho dizia “Sou um fraco instrumento nas mãos de Deus!”

Antoninho recebeu o sagrado coração de Jesus a missão de fazer nascer o amor divino nos corações mais insensíveis.

Vamo-lo no decorrer destes breves traços de sua edificante vida, fortificando o coração dos sacerdotes, dando ânimo aos pecadores para conseguirem a vitória sobre suas paixões.

Toda a lei do sagrado coração de Jesus encerrava-se para Antoninho, numa só palavra: “Diliges” – Amarás.

Oh! Doce lei! Lei admirável que formou Antoninho, uma pira ardente de amor! O senhor já nos diz, pela boca de seu discípulo bem amado: (S. Joan. XXV – 2 ) – HOC ESTE PROECETUM MEUM, UT DILIGATIS.

Antoninho alegrava-se quando ia assistir a cerimônia comovente da entronização do sagrado coração de Jesus, nos lares. Sempre comparecia ao ato, não se limitando a simples espectador. Aproximava-se do altarzinho, colocando-se ao lado do sacerdote oficiante, não se cansando de admirar a Jesus, naquele momento recebido como rei e Senhor dos corações.

Jesus é bom, Com ele tudo é fácil . . .

Nos momentos terríveis de sua moléstia, nas crises que tanto fazia sofrer, dirigia-se ao sagrado coração de Jesus como um filho ao seu pai, como um amigo a seu amigo, como um irmão a seu irmão, rogando o seu auxilio arrimo e consolação. Como o santo Rei David cantava em seu salmo: IN PACE IN IDIPSUM... (Os. V, 5, 7), cantava também Antoninho: “Repousarei, sofrerei em paz no vosso sagrado coração”. UNAM PETIT A DOMINO, HANC, REQUIRAM (Os. XXV, 7). Uma só coisa pedi e pedirei todos os dias de minha vida: “Habitar continuamente em seu coração sagrado!”


Advertência


Advertência



Certa vez um homem foi aconselhar-se com Antoninho. Ganhara um cão bravo e não sabia como deliberar. Se, por um lado, o animal prestava-lhe ótimo serviço como guarda da sua propriedade, por outro, tinha receio por ser muito feroz. Antoninho ouviu-o atentamente e depois deliberou: 

“Acho bom o senhor enviar o animal para longe, a fim de que não lhe aconteça alguma desgraça”.

O chacareiro, apesar da advertência que lhe fizera o menino, não teve ânimo de desfazer-se do cão. 
Aconteceu, porém, que passando de motocicleta um guarda-estrada, e vendo-se acossado pelo cão, fez uso do seu “parabellum” alvejando-o. As balas não o feriram, porém passando, ao invés rente à cabeça do chacareiro, não o vitimando por um milagre!



Estranho confidente


Estranho Confidente












Antoninho estabelecera sua norma de vida.

Pela manhã, após suas orações, levantava-se, permanecendo em jejum a fim de poder rezar sua missa. Depois tomava café e fazia seu passeio matinal. Chegando, descansava um pouco para depois poder almoçar. No fim da refeição, fazia seu costumeiro repouso.

Ai, em profunda meditação, passava horas... 
Certa vez, sua mãe, percebendo que ele falava com alguém, encaminhou-se para o quarto, estranhando por vê-lo sozinho. Antoninho, avistando-a perguntou:

“Minha mãe, quem é esse frade que veio me visitar?”
”Que frade meu filho” disse ela
“Ora minha mãe, o frade que a pouco saiu daqui”
“Você esteve sonhando meu filho.”
“Bem, não se fala mais nisso."

Momentos depois, batem a porta... era o correio.
Oh, simpático carteiro!
Temos notícias de São Paulo, exclamava  ele alegremente. 
Efetivamente, o carteiro trouxera-lhe uma carta de São Paulo, a qual vinha capeando uma estampa de Frei Fabiano de Cristo, sacerdote virtuosíssimo que deixara o mundo em estado de graça. Sua irmã, que lhe escrevera, pedia-lhe que se colocasse sob a vaiosa proteção desse dileto filho da igreja.

Mostrando-lhe logo a gravura, qual não foi o espanto da mãe de Antoninho, quando este lhe disse?

“Minha mãe, este é o retrato do frade que esteve conversando comigo ainda pouco.”
“Mas não pode ser, Freio Fabiano morreu há muitos anos.”
“Eu falei com ele... mas não se toca mais nisso.”

Em outra ocasião, 
Uma senhora tinha em Campos do Jordão, um filho já desenganado pelos médicos. Alimentava, porém uma ilimitada confiança na bondade e misericórdia infinitas de Deus. Prometera, se o visse restabelecido, mendigar de porta em porta, a fim de, com o produto das esmolas, mandar erguer uma cruz, símbolo da dor e do sacrifício, como tributo de gratidão.

Jesus, assim como atendera a viúva que as portas de Naim implorava pelo filho morto, entregando-o novamente com vida, do mesmo modo satisfazia, agora, essa outra mãe cheia de fé, fazendo recuperar a saúde aquele que era toda sua alegria e esperança.

Antoninho frequentemente visitava a Santa Cruz. 
Certo dia, chegando desse seu passeio, sua mãe perguntou:

“Meu filho, porque é que você tem tanta afeição pela Santa Cruz? O passeio para voc~e é bom, mas o repouso é muito melhor...”
“Ora minha mãe, o repouso não me adianta mais... já na Santa Cruz, eu vejo o orvalho das lágrimas de uma mãe... Seu sacrifício... O mendigar, que é muito triste!”

Quanta sabedoria há nessas palavras ditas pelo pequeno...

Antoninho exercia certo domínio sobre as almas e lia nas consciências. Os que o procuravam sabiam que receberiam bons conselhos. As pessoas que viviam com o coração tranqüilo sentiam imenso prazer em palestrar com ele.

A muitos o pequeno dizia: 
“É preciso que se reconcilie com Deus. A alma impura não pode conseguir as graças dos Céus! Sem Jesus, o que poderemos fazer? Nada, meu amigo, absolutamente... nada!”

As crianças extasiavam-se ao ouvi-lo!
Em muitas ocasiões, estando ele em repouso, a criançada ficava postada em frente da casa olhando para o quarto, a espera que ele lhes pudesse dirigir a palavra.

Em Campos, havia um menino com dois anos apenas, mal sabendo falar e que percorria a pé sozinho, quase 200 metros para poder visitar Antoninho! Às vezes, chegava ele muito cedo, ficando sentado a porta da casa de Antoninho. Ao entrar, tartamudeava logo:
“Sagrado Coração de Jesus, bom dia! Dê muita saúde para Antoninho!”

As crianças foram sempre, sempre... o maior encanto do nosso menino.
Aduzia-lhe a razão que todas elas possuíam as ALMAS BRANCAS, onde Jesus se comprazia.



Os primeiros passos para a graça


Os Primeiros Passos Para A Graça



Fora ele entregue aos cuidados de uma ama, que o levava a passear assiduamente, aproveitando o ar puro da manhã, tão necessário a sua constituição franzina. Quando sucedia passarem por uma igreja, o pequerrucho não se continha nos braços da ama, olhava firme para o templo e, gesticulando os bracinhos, forçava-a entrar. Já no interior, compenetrava-se os olhos fitos no tabernáculo, realizando-se então, em sua alma, qualquer coisa extraordinária, transfigurava-se, ele que ainda não sabia pronunciar uma palavra sequer !

Sabemos, que nem todos os templos possuem a capela do SS. Sacramento conservando-se as espécies sagradas no Altar Mór. Quando porém, Antoninho entrava em uma igreja enriquecida com a capela de SS., sabia perfeitamente, apenas com seis meses de idade, procurar o seu Jesus! A ama, julgando distraí-lo, mostrava-lhe as imagens dos altares. Contundo, via-se obrigado a aproximar-se da capela do S.S., levada pelos anseios do menino, que enlevado, olhando para o tabernáculo numa alegria encantadora, parecia um serafim a receber os eflúvios e as carícias de Jesus, todo seu amor! Em suas visitas ao Convento da Luz e Igreja de Maria Auxiliadora, por ocasião da Benção do Santíssimo, assistia compenetrado à cerimônia e levantando também a mãozinha abençoava os assistentes, o que chamavam a atenção dos circunstantes.




Antoninho preparando o seu futuro ministério. 

Seus pais, que de há muito notavam algo estranho no pequeno, sentiam uma profunda tristeza, levados pela impressão de que ele não seria por muito tempo deste mundo, lírio de puríssima alvura, não poderia vicejar no paul impuro da terra. Antoninho era uma criança dotada de grande acuidade. Possuía feliz inteligência, memória extraordinária em um forte poder de observação aliado à lógica, que chamava a atenção. No dia de seu primeiro aniversário natalício, seus pais entronizaram solenemente e com grande júbilo de todos, a imagem do Sagrado Coração de Jesus, afim de que reinando no lar, velasse pela família que se fazia sua humilde serva.

O menino, grandemente estimulado pela vizinhança, foi com o decorrer dos anos, conquistando o coração de todos pela candura e afabilidade do seu trato. Em casa, era ele quem recebia as visitas e o fazia de tal modo e com tanta simplicidade, educação e respeito, que não parecia uma criança. Palestrando, era loquaz, não se lhe notando a menor leviandade mas, ao contrário, observava-se em todos os seus atos muita seriedade, aliada à jovialidade tão natural quão sincera, o que cativava a todos, indistintamente.


Caminho da Perfeição


Caminho da Perfeição



Já falamos em matérias anteriores, que ao contrário do que alguns dizem, Antoninho sabia ler e escrever, vamos até reforçar nessa matéria esse assunto, colocando mais uma vez o desenho feito por nosso menino.

Infelizmente Antoninho freqüentou por pouco tempo o colégio, nosso menino esteve no Grupo Escolar “Prudente de Moraes”.

Durante a sua curta permanência nesse velho e modelar estabelecimento de ensino público, soube cativar a simpatia de seus professores e coleguinhas. Seu procedimento como não poderia ser diferente, era mais que exemplar embora dotado de gênio por alguns professores, e possuindo algumas atitudes incomuns, não tomava parte na parte das travessuras, que normalmente as crianças de sua idade fazem.

Na sala de aula comportava-se otimamente, levantando a mão para responder as perguntas de seu professor, mostrando e assimilando o conhecimento passado por seus professores. Na hora do recreio, seus coleguinhas o rodeavam para ouvi-lo, e quando chegava em casa, expandia-se em afeto para com a professora e coleguinhas, e reproduzia com tamanha perfeição tudo o que fôra ensinado.



Retrato feito por Antoninho, mais uma vez a prova de que o nosso menino sabia ler e escrever. 

Não passou despercebida no grupo sua grande precocidade, tanto que seus pais foram aconselhados por um professor ( amigo ) a que retirassem Antoninho do estabelecimento em benefício próprio. Não era seu destino conhecer mais do que as letras do alfabeto, nosso menino estava fadado a aprender com a alma, tão somente, a verdadeira ciência de Deus e o amor a Jesus. Embora não o desejasse, Antoninho acabou por deixar o seu grupo escolar, e com imensa tristeza para todos, inclusive de sua própria.

Sabendo dotado de memória invulgar e gosto artístico, foi chamado várias vezes para integrar os personagens de dramas sacros, levados à cena em benefício do Asilo dos Pobres, na vila de São Vicente de Paula.

Quando queria decorar alguma oração, solicitava de sua mãe que o fizesse em voz alta, bastando-lhe algumas leituras para que nunca mais viesse a esquecê-las. Sempre obediente, sabia acatar as ordens paternas.

É que já estava suficientemente preparado para galgar o cimo do monte, pois percorrera como gigante da escritura a sua encosta agreste. Assim, mais estreitamente unido ao seu Divino Mestre, foi desaprendendo a entender-se com os homens e alheiando-se das coisas do mundo. Voltara-se inteiramente a Jesus: Imã divino das almas puras. Criatura eleita, sabendo corresponder aos eflúvios das graças celestes, atirou-se à cruz do mestre, descobrindo assim a estrada feliz que o conduzirá ao céu.

O céu! Móvel único de seus suspiros, desejos ardentes de sua alma impregnada de amor. O céu das bem aventuranças que o mestre lhe ensinava! A cruz simbólica do amor pela qual o seu coraçãozinho já se abrasava intensamente. Foi em busca dessa cruz que ele iniciou a sua dura caminhada pela montanha do sofrimento, desse monte sublime, longe das agitações e das alegrias que falsamente o mundo nos acena, ele nos oferece o espetáculo deslumbrante das almas remidas com o preço de sangue no alto do Gólgota! Exemplo Edificante!



Retrato do S. Coração de Jesus, na casa em Campos do Jordão

"Não retire Jesus, nós o amamos muito". 

Antoninho, tendo então seus 8 anos de idade apenas, unido ao símbolo seguro de sua ardente fé, parecia desferir seu primeiro canto: vê, ó Jesus; estou abraçado contigo! Nada mais almejo a não ser a ti, a ti somente! E... um dia... quando minhas mãos se despregarem da cruz abençoada e caírem inertes no regaço de minha mãe, vendo-a sofrer tanto por mim... subirei contigo!

Quando a morte revelar-me o caminho da eternidade agitando meu corpo num espasmo de dor, ó Jesus, lembrar-me-ei que estou contigo, à sombra da tua cruz!

Quando as lágrimas rolarem-me pela face emagrecida, anunciando minha destruição, lembra-te, ó Jesus, que abraço com mais amor ainda a tua cruz de dor adorável e linda! Tua vontade, num elo de puro e eterno amor Jesus! Quero voar... voar... subir a ti e só em ti repousar!