segunda-feira, 15 de abril de 2013

Os primeiros passos para a graça


Os Primeiros Passos Para A Graça



Fora ele entregue aos cuidados de uma ama, que o levava a passear assiduamente, aproveitando o ar puro da manhã, tão necessário a sua constituição franzina. Quando sucedia passarem por uma igreja, o pequerrucho não se continha nos braços da ama, olhava firme para o templo e, gesticulando os bracinhos, forçava-a entrar. Já no interior, compenetrava-se os olhos fitos no tabernáculo, realizando-se então, em sua alma, qualquer coisa extraordinária, transfigurava-se, ele que ainda não sabia pronunciar uma palavra sequer !

Sabemos, que nem todos os templos possuem a capela do SS. Sacramento conservando-se as espécies sagradas no Altar Mór. Quando porém, Antoninho entrava em uma igreja enriquecida com a capela de SS., sabia perfeitamente, apenas com seis meses de idade, procurar o seu Jesus! A ama, julgando distraí-lo, mostrava-lhe as imagens dos altares. Contundo, via-se obrigado a aproximar-se da capela do S.S., levada pelos anseios do menino, que enlevado, olhando para o tabernáculo numa alegria encantadora, parecia um serafim a receber os eflúvios e as carícias de Jesus, todo seu amor! Em suas visitas ao Convento da Luz e Igreja de Maria Auxiliadora, por ocasião da Benção do Santíssimo, assistia compenetrado à cerimônia e levantando também a mãozinha abençoava os assistentes, o que chamavam a atenção dos circunstantes.




Antoninho preparando o seu futuro ministério. 

Seus pais, que de há muito notavam algo estranho no pequeno, sentiam uma profunda tristeza, levados pela impressão de que ele não seria por muito tempo deste mundo, lírio de puríssima alvura, não poderia vicejar no paul impuro da terra. Antoninho era uma criança dotada de grande acuidade. Possuía feliz inteligência, memória extraordinária em um forte poder de observação aliado à lógica, que chamava a atenção. No dia de seu primeiro aniversário natalício, seus pais entronizaram solenemente e com grande júbilo de todos, a imagem do Sagrado Coração de Jesus, afim de que reinando no lar, velasse pela família que se fazia sua humilde serva.

O menino, grandemente estimulado pela vizinhança, foi com o decorrer dos anos, conquistando o coração de todos pela candura e afabilidade do seu trato. Em casa, era ele quem recebia as visitas e o fazia de tal modo e com tanta simplicidade, educação e respeito, que não parecia uma criança. Palestrando, era loquaz, não se lhe notando a menor leviandade mas, ao contrário, observava-se em todos os seus atos muita seriedade, aliada à jovialidade tão natural quão sincera, o que cativava a todos, indistintamente.


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