segunda-feira, 15 de abril de 2013

A primeira missa


A primeira Missa



Por ocasião da primeira missa de um neo-sacerdote, a família de Antoninho fora convidada para assisti-la, pois o novo levita, quando menino, recebera do pai de Antoninho palavras de estímulo à sua incipiente vocação. No dia solene da Missa, Antoninho madrugou, acordando toda a família. Sua mãe fez-lhe ver que era muito cedo ainda. Ele não se deu por vencido, só ficando satisfeito quando todos se puseram de pé para irem à matriz de Sant’Ana. Uma vez no templo, esperou pela hora solene.

Terminada a missa, sentou-se o novo levita para a cerimônia do beija-mão. Recorda-se ainda ele, que a todos relata comovido, o seguinte fato: Antoninho de joelhos, tomou-lhe as mãos, beijando-as e não satisfeito ainda, atira-se ao colo abraçando-o demoradamente, sendo preciso que sua mãe lhe advertisse, dizendo:
- Você assim amarrota os paramentos do Padre

O sacerdote acrescenta que sentiu nessa ocasião, qualquer coisa inexplicável, a ponto de chegar a chorar. Esse fato que acabou comovendo a todos, é comentado até os dias atuais. O maior desejo de Antoninho era ser padre, para viver, como ele dizia ao lado de Jesus e na maior intimidade. Queria trabalhar na seara do Senhor, cheio de fé, leal e desassombradamente. Perguntaram-lhe certa vez em que ordem religiosa queria professar, ele levado pelo zelo na salvação das almas, respondeu que desejava pertencer ao clero secular, porque os sacerdotes, no seio do povo, possuem campo vastíssimo para um maior apostolado.

O sofrimento indispensável que sempre os acompanha nas lutas do ministério, era ardentemente desejado por Antoninho.

Desse-lhe um dia uma pessoa da sua família:
- Antoninho, se você for vigário terá que ir para longe de nós.
Ele prontamente respondeu :
- Não faz mal, nesse caso irão todos comigo.





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