O Nascimento
Nos tempos hodiernos, onde tudo parece conspirar contra os bons costumes, invadindo os lares e a sociedade em ondas de dissolução, atacando a supremacia da Igreja e os sacrossantos ensinamentos da Fé Cristã, sentimos repetir em nosso coração as sábias palavras de Oséias:
" E a ciência de Deus não está mais sobre a terra. Por isso a terra chorará e todo homem que nela habita será sem força".
No entanto resistindo com pujança e galhardia, vemos sempre a Igreja de Deus dominando pelo esplendor constante da santidade, administrando com amor e carinho o campo da sã doutrina, glorificada pelas altas virtudes das almas bem-aventuradas.
Assim foi que no seio de uma família cristã, cônscia de seus altos deveres, num ambiente de fé e amor, acalentado pelo temor de Deus, nasceu Antoninho.
O Santo Rei David louvando o Senhor, exclamava:
" A luz de vossa face, Senhor, foi estampada sobre nós".
E por efeito desse precioso dom, dessa sanas luz da verdade, nos esclarece quando diz:
"Puseste-me a alegria no coração".
Antoninho aos 6 meses de idade
Esse é o prazer que conforta nossa alma predispondo-a a percorrer o caminho da virtude e da santidade, na trajetória infalível da santa Lei de Deus.
Antoninho ao dar os primeiros vagidos, recebeu esse ósculo divino e sentiu os eflúvios da graça e das bênçãos do Senhor !
Foi no trágico ano de 1918, celebrizado pela epidemia da gripe, quando a morte imperando em todos os quadrantes da terra ceifava milhares de existências preciosas, que nasceu Antoninho da Rocha Marmo, aos 19 de Outubro, sob proteção insígne do grande Taumaturgo S. Pedro de Alcântara, de quem devia imitar mais tarde e ainda criança, as heróicas virtudes e de um modo particular, o amor à penitência e ao sofrimento.
Foram seus virtuosos progenitores Pamphilo Marmo e D. Maria Isabel da Rocha Marmo.
Desse consórcio feliz e abençoado vieram ao mundo Maria da Penha, Nair, Ciro, Antoninho e Wanda.
Antes de vir ao mundo o nosso menino, apareceu em casa de seus pais, sem que ninguém o chamasse, um clínico de alto renome, porém desconhecido da família, oferecendo seus valiosos préstimos em ocasião tão oportuna quão necessária. Assim verio ele à luz numa época em que a dor e a tristeza cobriam de luto inúmeros lares. Seus pais, tomados de justa apreensão pela sua constituição física e, tendo no seio da família um de seus membros gravemente enfermo, contaminado pela gripe pneumônica, viram, por favor celeste, o seu restabelecimento e os demais, incólumes da terrível epidemia.
Casa onde nasceu Antoninho
( Rua Bandeirante,24 )
Sta. Efigênia
Grande fora a angústia de todos, pois o doente já havia sido desenganado pelos médicos e assim esperava-se um fatal desenlace. Entre os amigos do enfermo, correta por equívoco, a notícia do seu falecimento e muitos se apresentaram por isso a enviar à família telegramas de condolências e até coroas.
Gozando hoje de invejável saúde, recorda-se daqueles dias apreensivos e também das palavras de incitamento à gratidão para com Deus, proferidas mais tarde por Antoninho, que assim queria explicar-lhe ter ele sido naquela ocasião favorecido pelos céus.
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